Antes de emocionar o Brasil com sua voz, Marília Mendonça já chamava atenção nos bastidores como compositora. Ela conseguia transformar histórias complicadas em letras simples, mas cheias de sentimento — às vezes até enquanto dormia.
O segundo episódio do podcast “Marília – o outro lado da sofrência”, do g1, fala justamente sobre esse lado compositora. O programa mostra como ela criou um estilo único antes mesmo de virar cantora, com melodias fortes e letras diretas que se tornaram sua marca registrada (ouça abaixo ou na sua plataforma preferida).
Um exemplo é a música “Hoje Somos Só Metade”. Durante uma imersão em Fortaleza com Vine Show, Vinicius Poeta e Juliano Tchula, Marília deitou no chão do estúdio e acabou dormindo. Mesmo assim, começou a cantar uma melodia baixinho, ainda dormindo.
“Ela começou a balbuciar umas palavras, a gente ficou assustado”, lembra Vine Show. “O Tchula pegou o celular, colocou perto da boca dela e ela fez a música dormindo. Quando acordou, a primeira coisa que perguntou foi: ‘Tchula, você gravou?’”
Vinicius Poeta conta que compor com Marília era como ver uma repentista criando na hora. “A gente falava só ‘amor, paixão’ e já saía coisa. Ela abria um caderninho, mostrava algo, rasgava dizendo que era ruim, e no fim era uma pancada”. Foi assim com “Te Cuidando de Longe”, que ela fez junto com Júnior Gomes e Juliano Tchula, e depois gravou em dueto com Gal Costa.
Mesmo antes de cantar, Marília já era muito procurada como compositora. “O povo brigava pelas músicas dela”, diz Vinicius. Aos 19 anos, com apoio de Wander Oliveira, ela decidiu gravar seu próprio DVD. Quando perguntaram que estilo queria seguir, respondeu sem pensar: “Sou brega. Quero gravar brega.”
Marília então foi até o Nordeste, onde o gênero é forte, e encontrou parceiros como Vine Show e Vinicius Poeta. Dessa parceria nasceram músicas como “Hoje Somos Só Metade” e “4 e 15” — que no começo tinha outro nome.
“A música ia se chamar ‘4:20’, mas ela achou melhor mudar para não virar piada com maconha”, conta Vine Show. Isso mostra como Marília se preocupava com a forma que o público entenderia a letra — sempre equilibrando emoção e leveza.
Com letras sobre amor, culpa, perdão e saudade, ela criou um estilo próprio, conhecido pela força emocional e clareza nas histórias. Como em “Cuida Bem Dela”, gravada por Henrique & Juliano em 2014, em que a amante pede desculpas para a esposa do homem que amou — tudo contado sem julgamento, só com empatia.
A lutadora Kyra Gracie e o ator Malvino Salvador gravaram um vídeo para ensinar mulheres a se defenderem de agressões, usando como exemplo ataques dentro de elevadores. A ideia surgiu depois do caso do ex-jogador de basquete Igor Cabral, que foi preso por dar cerca de 60 socos na namorada dentro de um elevador.
No vídeo, Malvino finge atacar, e Kyra mostra como reagir de forma rápida. “Quando caio no chão, não posso ficar vulnerável. Uso as pernas para atacar o joelho ou o rosto, criando espaço para fugir”, explicou a faixa-preta de jiu-jitsu.
Ela também contou o que fazer se o agressor continuar batendo: “Encurto a distância, dou um chute, vou para as costas e protejo a cabeça, aproveitando qualquer brecha para escapar”.
Kyra disse que resolveu ensinar essas técnicas depois que viu o vídeo da agressão. “Foi um absurdo. Um homem muito forte, provavelmente com técnica, desferindo mais de 60 socos em uma mulher indefesa”, desabafou.
Malvino destacou que defesa pessoal começa antes do ataque acontecer. “Defesa é antecipação. É criar oportunidades para sair vivo daquela situação”, disse ele.
O casal explicou que, mesmo em casos muito graves, o mais importante não é lutar contra o agressor, mas sim conseguir fugir com segurança.
Mais uma vez, o Grupo Menos é Mais mostrou que é um fenômeno do pagode. Os músicos de Brasília alcançaram 1 bilhão de visualizações no YouTube com o vídeo do bloco “Melhor Eu Ir/Ligando os Fatos/Sonho de Amor/Deixa Eu Te Querer”. Esse vídeo, que faz parte do projeto “Churrasquinho” de 2019, é o mais assistido da história do pagode na plataforma. Eles conquistaram essa posição pela primeira vez em 2021 e continuam no topo até hoje — quatro anos depois —, algo impressionante até mesmo quando comparado a sucessos de outros estilos musicais.
A ideia de misturar grandes sucessos do pagode, originalmente cantados por Péricles, Pique Novo, Nosso Sentimento e Gabriel Lins, deu muito certo e conquistou o público logo de cara. Em dois anos, o vídeo ultrapassou outras músicas de pagode no YouTube. Nesse período, o Menos é Mais também assinou contrato com o escritório GH Music, que cuida de artistas como Dilsinho e Mumuzinho, passou a fazer parte da gravadora Som Livre e ganhou o Prêmio Multishow na categoria ‘Experimente’.
Lançado em 13 de novembro de 2019, esse pot-pourri ajudou o grupo a ficar conhecido em todo o Brasil. Depois disso, os integrantes Duzão, Goes, Ramon e Paulinho mostraram ainda mais carisma, talento e aquele “molho” que só o brasileiro tem, conquistando fãs pelo país inteiro e até no exterior, com turnês pela Europa e Estados Unidos.
O vídeo de “Melhor Eu Ir” foi um dos primeiros postados no canal do grupo, criado em outubro de 2019, e serviu como vitrine para mostrar a paixão deles pela música. Eles provaram que um grupo de pagode de Brasília também pode chegar ao topo. E o Menos é Mais continua fazendo história: em 2024, colocou o pagode no TOP 1 do Spotify pela primeira vez com “Coração Partido” e repetiu o feito em 2025 com “P do Pecado”.
Hoje, o grupo é um dos principais nomes do pagode e segue levando a identidade cultural brasileira para seus projetos, acumulando milhões de visualizações, curtidas e comentários, reforçando seu lugar como referência do gênero.
Além disso, essa nova marca veio junto com o fim de mais um São João com o Menos é Mais. O grupo passou por nove cidades em três estados do Nordeste, levando seu pagode e se inspirando em artistas como Elba Ramalho, Luiz Gonzaga e Falamansa para criar o visual dos shows.